O amor em Silêncio - Discipulado com Jesus #4

#04 – O amor em silêncio

O homem, porém, querendo justificar suas ações, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ”. (Lucas 10.29 – NVT)

Dentre todas as coisas que Jesus ensinou o amor é a mensagem mais impactante, ele ensinou em palavras e em ação e suas ações foram muito mais fortes do que suas palavras. Certa vez um mestre tentou pôr Jesus à prova, tentando fazer ele dizer alguma coisa que seria tomado como heresia, algo que eles usariam contra ele mesmo e Jesus vendo isso aproveitou mais uma vez para deixar sua mensagem marcada no coração de mestres e discípulos.

A passagem de Lucas 10.25-37 mostra a conversa entre Jesus e um mestre da lei onde ele aproveita a oportunidade para nos ensinar um pouco sobre um tipo de amor diferente do comum, um amor que se move em silêncio deixando apenas uma mensagem no ar, o próprio amor ao próximo. Após ser questionado pelo mestre Jesus conta a famosa parábola do Bom Samaritano (v.29-37) e dentre tudo o que nós já vimos e ouvimos sobre ela, das quais eu sempre lembro de que o amor não escolhe cor, raça ou status social; uma mensagem ainda maior sobre o amor ao próximo que encontramos aqui é que aquilo que fazemos pelo nosso próximo fala mais alto do que qualquer coisa que possamos dizer ou escrever. O amor que Jesus ensina é mais um movimento do que uma mensagem falada ou cantada. Aqui o que vale mesmo é a forma como ele é aplicado.

Um certo homem havia estava à beira da morte após ser assaltado e espancado numa beira de estrada. É certo de que muitas pessoas passaram por ele, dentre elas Jesus destaca um Sacerdote do templo, alguém importante e que estava sempre em contato com Deus. Ele passou e vendo a cena correu para o outro lado da rua, como você faz vendo um mendigo jogado num canto sujo e escuro. Depois um Levita, uma pessoa que cuidava do templo, repetiu o mesmo gesto e correu para o outro lado da rua…
Então veio um samaritano e, ao ver o homem, teve compaixão dele. Foi até ele, tratou de seus ferimentos com óleo e vinho e os enfaixou. Depois, colocou o homem em seu jumento e o levou a uma hospedaria, onde cuidou dele. No dia seguinte, deu duas moedas de prata ao dono da hospedaria e disse: “Cuide deste homem, se você precisar gastar a mais com ele, eu lhe pagarei a diferença quando voltar”.” (Lucas 10.33-35 – NVT)

Com estas palavras Jesus estava mostrando muito mais do que uma barreira cultural quebrada, ele estava mostrando que por amor ao próximo uma pessoa havia parado tudo que estava fazendo, tirado seu tempo para pessoalmente cuidar das feridas daquele homem ainda desacordado e carregando não só as dores como todo o homem para ser cuidado em um local específico e oferecendo ainda mais dinheiro caso precisasse. Claro, o que vemos aqui não se trata de dinheiro, se trata de doar o seu melhor a alguém que precisa. Se trata de doar aquilo que você pode fazer de melhor para reduzir o sofrimento de outra pessoa. É muito diferente de apenas ligarmos à polícia para que eles resolvam tudo, ou chamarmos a ambulância para levar alguém ferido. Se trata de ir junto, tirar do seu tempo e dar para outra pessoa, para o bem dela, não o seu. E a lição mais importante: ele não deixou um bilhete sequer dizendo que fez isso tudo! Aquele samaritano não fez questão de mostrar a ninguém o que havia feito. Ele não quis postar uma foto no Facebook ou um recado no Twitter para ser visto ou ser reconhecido como “o bom samaritano”. Ele deixou suas próprias ações dizerem por si.

Essa forma de amar, de se entregar por outra pessoa sem se preocupar com o sucesso que isso trará ou se vamos ou não receber algo em troca é uma maneira de evangelismo tão eficiente que o próprio Jesus ensina a fazer. Talvez até mesmo uma maneira de adorar ao Deus verdadeiro, em silencio, em entrega e serviço por alguém que não conhecemos. Se pararmos para pensar, quantas pessoas veem isso em nós? Quantas pessoas nos observam durante todo o dia e qual impressão eles têm de nós e qual impressão sobre Deus nós passamos a elas?

Duas horas de entrega ou um simples telefonema pode falar mais alto do que anos de estudo, a missão que temos é simples e a forma de aplica-la pode ser ainda mais fácil se pensarmos apenas no próximo de vez em quando. Tente você também!

Questões para Meditação:

1 – O que eu tenho feito que não deixa Jesus transparecer nas minhas ações?
2 – Como o meu próximo tem precisado de mim e como eu posso ajudar?
3 – Porque ainda não ajudei?




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