O arminianismo e o deus livre-arbítrio
O arminianismo e o deus livre-arbítrio
Vamos ver se fica mais claro:
A) o arminianismo ensina que Deus quer salvar todos;
B) logo ele capacita a todos para que aceitem a Jesus, porque o seu desejo é salvar toda a humanidade;
C) Porém, o homem tem de aceitar essa salvação usando o livre-arbítrio, dando assim, poder para que Deus o salve;
D) Deus nesse caso: quer mas não pode;
E) Logo, o homem decide o resultado final da vontade de Deus!
Quando Jesus disse: "para Deus nada é impossível", será que considerou que o homem é que determina o resultado final dos decretos de Deus? Repita até entender que o arminianismo é uma filosofia anticristã.
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Então algumas pessoas podem questionar dizendo: “você adultera a doutrina para que as pessoas não a aceitem”. Bem, vamos resolver isso agora então:
A - Deus quer salvar todas as pessoas da terra
Sim, essa é uma afirmação verdadeira e defendida por todos os arminianos. Para isso usam a parte “a” de João 3.16 que diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” [ocultam a parte final do verso, onde a salvação é limitada àqueles que creem e não ao mundo todo].
Portanto, não é errado afirmar que o arminianismo ensina que Deus quer salvar o mundo todo, uma espécie de universalismo onde Deus fracassa em cumprir o que Ele mesmo quer, como você vai ver na continuação deste texto.
B - Deus capacita todo homem, de igual modo, para que creiam em Jesus
Com isso afirmam que todos os homens recebem a mesma porção de fé para que possam aceitar Jesus. Chamam isso de fé preveniente. Ensinam que o homem tem livre-arbítrio para se salvarem crendo em Jesus por si só. Não negam que a graça de Deus é o fator primário, mas afirmam que o homem precisa usar o livre-arbítrio, caso contrário Deus, que deseja salvar a todos, não o salvará do inferno - sendo assim, Deus é impedido de fazer algo que deseja.
Não existe versículo para apoiar essa ideia, ainda assim usam outros pequenos trechos para isso.
A ideia principal é: Deus quer salvar todos os homens, para isso acontecer ele precisa dar o mesmo tanto de fé para que cada um se salve usando seu livre-arbítrio.
C - Deus falha em cumprir sua vontade
No início de tudo Deus disse: Haja luz! E do nada a luz obedeceu e surgiu, porém, o homem usando seu livre-arbítrio consegue bater de frente com a ordem e vontade de Deus.
Os arminianos odeiam admitir isso, mas ensinam que Deus perde para o livre-arbítrio do homem sempre que tentam ensinar um evangelho sinergista.
A lógica arminiana funciona assim: Deus não pode forçar ninguém a fazer sua vontade, pois o homem tem livre-arbítrio. Logo, Deus pode derramar sua graça preveniente, pode desejar salvar o homem, porém, o homem tem que deixar Deus o salvar usando seu livre-arbítrio. O livre-arbítrio do homem entra na história da salvação como aquele poder que o homem tem de fazer uma escolha sem influência do bem ou do mal, mas isso só acontece no arminianismo, pois nós ensinamos de forma diferente.
No final das contas nós teríamos de trocar alguns textos da Bíblia para que o arminianismo fosse visto como real e aceito, por exemplo, vejamos o chamado de Abrão sob a ótica arminiana, seria mais ou menos assim:
Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. [Abrão, porém, concedeu a Deus oportunidade de fazer a sua vontade, aceitando livremente obedecer]
Gênesis 12:1 - ótica arminiana;
Assim [Abrão aceitou usando seu livre-arbítrio a oferta de Deus e] partiu como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
Gênesis 12:4 - ótica arminiana.
Óbvio que eles não vão assumir isso, porém, é exatamente isso que ensinam quando afirmam que o homem tem livre-arbítrio para a salvação e usa ela para ser salvo pela graça. Afirmam eles que Deus dá a mesma porção de graça a todos e que Deus quer salvar a todos, mas o homem precisa aceitar isso usando o livre-arbítrio. Suponhamos que seja verdade, e que Deus quisesse salvar toda a humanidade, quem poderia conter sua vontade? O homem! Para fugir disso eles vão relativizar a própria filosofia para que não fique tão claro seu erro teológico. Ou sua heresia.
Neste caso Deus vive o velho dilema humano: querer não é poder - uma blasfêmia contra a soberana vontade de Deus.
D - O homem determina o resultado final sobra a vontade de Deus
Portanto, não é errado afirmar que o arminianismo ensina que o homem é que determina o resultado da vontade de Deus, e na verdade é muito simples entender o porquê, mas eles não admitem. Vamos ver o passo a passo dessa heresia:
1 - Deus quer salvar toda a humanidade;
2 - Ele derrama uma porção da sua graça sobre toda a humanidade;
3 - O homem usa seu livre-arbítrio para rejeitar a salvação;
4 - Deus não consegue cumprir sua vontade salvífica.
Para constatar pessoalmente tudo que afirmei no texto, faça três perguntas a eles:
A - Deus quer salvar todo mundo?
B - Por que Deus não salva todo mundo se essa é a sua vontade?
C - Vão responder que Deus deu livre-arbítrio ao homem, pergunte então como o homem pode vencer a vontade de Deus usando o livre-arbítrio;
D - Se Deus quer salvar todo mundo, como algumas pessoas foram selecionadas antes da fundação do mundo por sua presciência?
Eles vão engasgar, te ofender, as vezes com ataques pessoais e após isso encontrar caminhos confusos para não negar sua filosofia humanista e anti cristã
Devair S. Eduardo
Boa tarde! Sou arminiano clássico e, lendo esse artigo, pude perceber muitos espantalhos cometidos. Permita-me fazer algumas considerações (aviso de antemão que o texto está um pouco grande):
ResponderExcluirPARTE 1:
Um silogismo (lógica usada para uma argumentação) se baseia em premissas e conclusões. Se as premissas do argumento forem verdadeiras, então segue-se que a conclusão é lógica e necessariamente verdadeira também. Como eu sou arminiano, claramente vou discordar da conclusão do argumento. Sendo assim, qual premissa está errada? Se for demonstrado que uma premissa está errada, então segue-se que a conclusão também estará errada.
Sendo assim, vou discordar do item C) e D)
"C) Porém, o homem tem de aceitar essa salvação usando o livre-arbítrio, dando assim, poder para que Deus o salve;"
Eu não entendi muito bem o que quis dizer com "dando poder". Ainda assim, a forma como o autor colocou essa premissa não expressa a forma como um arminiano sério descreveria. Seria melhor descrito assim:
"O homem tem de aceitar essa salvação por meio da fé, que é um dom de Deus produzido pela graça preveniente em nosso coração. Uma vez que o homem aceita de bom grado, Deus o regenera e o justifica."
PARTE 2:
ExcluirO autor escreve:
D) Deus nesse caso: quer mas não pode;
Digo isso com muito respeito, porém fica evidente que essa fala demonstra um desconhecimento do que Armínio e a teologia arminiana dizem quanto a essa questão. Muitos críticos do arminianismo imaginam que Deus seria alguém que tem todos os seus esforços voltados para a salvação da humanidade, implorando que o homem o aceite. Como se Deus fosse um coitadinho que precisa ser aceito. Armínio nunca ensinou isso. É necessário entender como a visão arminiana compreende a distinção da vontade de Deus. Vale ressaltar uma coisa, até mesmo R.C.Sproul, conhecido teólogo calvinista admite que a vontade preceptiva de Deus é resistida o tempo todo (porém a vontade decretiva não pode ser resistida). Armínio entende essa questão como vontade antecedente e consequente. No que tange ao desejo da salvação da humanidade, é assim que nós, arminianos, entendemos:
"(1.) A antecedente é aquela pela qual Ele deseja alguma coisa, com respeito à vontade ou ao ato subsequente da criatura, como “Deus quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4). (2.) A consequente é aquela pela qual Ele deseja alguma coisa com respeito à vontade ou ato antecedente da criatura, como “Ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido” (Mt 26.24). Ambas dependem da vontade absoluta, segundo a qual cada uma delas é regulada."
(Obras de Armínio, vol. 2, Debate XIX, Sobre as várias distinções da vontade de Deus)
PARTE 3:
ExcluirResumindo o que Armínio fala:
Deus, em sua vontade antecedente, deseja a salvação de todos os homens (1Tm 2.4 // Rm 11.32 // 2Pe 3.9 // Ez 18.23). No entanto, uma vez que certos homens insistem em viver nas suas práticas pecaminosas e rejeitam "a graça que os poderia salvar" (2Ts 2.10 ; KJA), então Deus, em sua vontade consequente, deseja que sejam salvos somente aqueles que crerem no Filho (Jo 1.12 // 1Co 1.21) e que sejam condenados os impenitentes de coração (Rm 2.5; 2Ts 2.10; Jo 3.36).
Ou seja, pensar que Deus quer salvar o homem a todo custo, mas é impedido pelo homem é um espantalho. De uma forma ou de outra, a criatura irá responder e estará dentro do plano divino (caso a pessoa se arrependa, a vontade antecedente é cumprida; caso a pessoa não se arrependa, a vontade consequente é cumprida).
Deixemos o arminiano clássico, Robert Picirilli, falar:
"Arminianos não crêem que Deus, pela expiação tinha a intenção de salvar todas pessoas, se Deus tivesse planejado a expiação com essa intenção, todos seriam salvos. O que Deus pretende fazer, Ele faz. Seus propósitos finais nunca são frustrados. Se Deus tivesse enviado Seu Filho com propósito de que através de Sua morte todos os homens fossem salvos sem realmente salvá-los todos, Ele teria sido tanto frustrado como teria errado em relação aos fatos. A pergunta é: se o Pai, enviando o Filho, tinha a intenção de providenciar salvação para todos e cada um individualmente. Providenciar é a palavra-chave."
(Robert Picirilli, graça fé e livre arbítrio)
Ou seja, Deus teve a intenção de providenciar salvação a todos, fazendo com que essa salvação fosse aplicada aos crentes.
Mais uma vez, com Picirilli:
"De qualquer maneira, o homem executa o decreto de Deus. Como Armínio o expressou: 'Deus (...) não pode falhar em Seu propósito universal. Pois, se alguma pessoa não consentir em se converter e ser salva, Deus, consequentemente, faz um propósito consigo mesmo e acrescenta um outro projeto, de acordo com Sua vontade, o de que Ele deve ser glorificado na justa condenação dela.' (...) Nada, nem mesmo o pecado, pode ser feito sem que a boa vontade divina o permita e sustenta a habilidade humana de fazê-lo!"
PARTE 4:
ExcluirOutro ponto que deve ser levantado é que, se for assim, o autor está chamando o Deus da Bíblia de fraco (de que Eles não pode salvar). Olha o que a própria Bíblia diz:
Mateus 23:37 — Jerusalém, Jerusalém! Você mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram!
Isaías 65:2 Todo o dia estendi as mãos a um povo rebelde, que anda por um caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos.
Bem, uma vez que foi demonstrado que a premissa C) e D) são falhas, logo a conclusão é falha também.
Nenhum arminiano sério ensina que "o homem decide o resultado final da vontade de Deus". O fator decisivo da salvação é a graça divina. A graça é a causa meritória. A fé é apenas a causa instrumental (ou seja, é o meio pelo qual a salvação é aplicada. Mas não é o fator decisivo).
Não é o homem quem está no controle, mas sim Deus quem está no controle de tudo e faz tudo quando lhe apraz. Ele salva quem quer e condena quem quer. Quem Ele quer salvar? Os que crêem (1Co 1.21). Quem Ele quer condenar! Os que rejeitam a graça que os poderia salvar (2Ts 2.10).
PARTE 5:
Excluir--> Farei algumas considerações quanto a parte final do artigo:
A - Deus quer salvar todo mundo?
B - Por que Deus não salva todo mundo se essa é a sua vontade?
C - Vão responder que Deus deu livre-arbítrio ao homem, pergunte então como o homem pode vencer a vontade de Deus usando o livre-arbítrio;
D - Se Deus quer salvar todo mundo, como algumas pessoas foram selecionadas antes da fundação do mundo por sua presciência?
Respondendo:
A- Sim. A Bíblia ensina que Deus deseja a salvação de todos (Jo 3.16 // 1Tm 2.4; 4.10 // Rm 11.32 // 2 Pe 3.9 // etc), porém essa salvação é aplicada aos que crêem (Jo 1.12; 6.40 // Ef 2.8).
B - darei alguns motivos:
1) Porque essa vontade é condicional. Ou seja, Deus escolheu soberanamente que essa salvação fosse recebida mediante a fé.
2) Porque Deus não coage a ninguém. O Senhor não opera de maneira irresistível (no sentido calvinista) no homem. Como disse John Wesley:
"Nenhum homem pode crer em Cristo a menos que Deus lhe dê poder. Ele nos atrai primeiro com bons desejos, não por força, não por imposição da vontade em qualquer necessidade, mas pelos fortes e doces, contudo ainda resistíveis, movimentos de sua graça celestial."
(John Wesley, Explanatory notes upon New Testament, The Epworth Press, Londres, 1966, P. 328-329)
3) Porque embora Deus deseje a salvação da humanidade em sua vontade antecedente, em sua vontade consequente Deus deseja que sejam salvos os que se arrependem e que sejam condenados os que rejeitam a livre oferta do Evangelho.
O problema do calvinismo é ignorar vários textos bíblicos que afirmam claramente que Deus deseja a salvação de todos. No entanto, reconheço que exista una vertente do calvinismo que creia que Deus deseja salvar a todos. Como assim? Deus quer salvar todos pela sua vontade preceptiva mas ainda assim decreta salvar somente alguns de forma incondicional. Acho isso um tanto quanto inconsistente.
C - em nenhum momento apelei para o livre arbítrio
D - Eu não entendi muito bem a lógica da pergunta. A questão é um tanto quanto simples. Na visão arminiana quanto a ordem dos decretos, seria mais ou menos o seguinte:
1) Deus decide apontar Cristo como Mediador, Redentor, Salvador da humanidade
2) "Deus decide receber, em sua benevolência e favor, aqueles que se arrependem e creem, salvando em Cristo, e por Cristo, aqueles que perseveram; porém, deixando sob o pecado e a ira, aqueles que são impenitentes e incrédulos, condenando-os, como separados de Cristo."
3) "Deus decide administrar os meios que sejam necessários, suficientes e eficazes para o arrependimento e a fé."
4) "Desses três decretos, se origina um quarto decreto, a respeito da salvação dessas pessoas, em particular, e a condenação daquelas. Isto depende da presciência e da previsão de Deus, com que Ele sabia, desde toda a eternidade, quais homens, por tal administração, creriam, pela ajuda da graça preventiva ou precedente, e quais perseverariam, pelo auxílio da graça subsequente ou posterior, e quais não creriam e não perseverariam."
Isso você pode encontrar nas Obras de Armínio, vol. 2, Sobre os Decretos de Deus, que Dizem Respeito à Salvação dos Homens Pecadores, de Acordo com o seu Próprio Sentido [olhe no sumário] ).
Então não há nenhuma incoerência. Deus providencia salvação a todos, e mediante a resposta favorável das criaturas, Deus elege para salvação todos aqueles que crêem nEle.
PARTE 6 (FINAL):
Excluir--> Colocarei o texto agora em caixa alta propositalmente:
BOM, O QUE FOI ESCRITO PELO AUTOR NÃO PASSA DE FALÁCIAS E DE ESPANTALHOS DS TEOLOGIA ARMINIANA.
O "deus" no arminianismo nunca vai ser o livre arbítrio... Sem a graça divina o livre arbítrio do homem é incapaz para qualquer bem!
Recomendo a leitura de alguns livros para não ficar falando besteira na internet:
1) Introdução ao Arminianismo Clássico
2) Teologia Arminiana: mitos e realidades
3) Graça, fé e livre arbítrio
Graça e paz, com muita cordialidade.
você tentou responder, mas diversas vezes disse que não entendeu a pergunta. Vou voltar aqui e ler sua resposta quando tiver entendido a pergunta. ok?
Excluirolhem mais isso:
ExcluirEle disse:
"PARTE 6 (FINAL): --> Colocarei o texto agora em caixa alta propositalmente: BOM, O QUE FOI ESCRITO PELO AUTOR NÃO PASSA DE FALÁCIAS E DE ESPANTALHOS DS TEOLOGIA ARMINIANA. O "deus" no arminianismo nunca vai ser o livre arbítrio... Sem a graça divina o livre arbítrio do homem é incapaz para qualquer bem! "
Enquanto tenta me refutar ele prova mais uma vez que acreditam mesmo, que o livre-arbítrio pode impedir Deus de fazer alguma coisa... ou seja, Deus está sempre batalhando, é uma luta de deuses.
Suponhamos que a Graça de Deus, não eficaz nesse caso, habilite alguém para a salvação, bom, ela ainda não foi suficiente para salvar tal pecador, pois para Deus conseguir atingir esse objetivo um outro elemento precisa concordar com a sua vontade, esse elemento é o LIVRE-ARBÍTRIO do homem, por isso dizemos que o livre arbítrio do homem tem poder para incapacitar a vontade de Deus uma vez que, se o homem não quiser, Deus fica de mãos atadas.
De um lado o Deus verdadeiro e do outro o deus dos arminianos, sabe por que alguém vai pro inferno? Porque o deus livre-arbítrio venceu mais uma vez o Deus verdadeiro.
Respondemos a isso de forma simples e objetiva. Deus não nos obriga, Ele nos conquista. Assim que a graça salvífica alcança o homem ele é conquistado por Deus e deseja sim a salvação. Isso é a graça eficaz de Deus - não há espaços para o livre-arbítrio, pois o homem não tem capacidade para lutar contra o desejo de Deus. Deus não é homem para ficar negociando, Ele é o dono de tudo que existe, Ele não precisa que decidamos o que vai fazer, Ele conquista quem quiser, a hora que quiser e mais importante "se Ele quiser"
Outro ponto importante está aqui, quando você disse sobre os decretos de Deus. Na sua fala você novamente limitou a vontade de Deus, na verdade você limitou o plano de Deus àquilo que o homem faria. Em outras palavras, Deus só pode decretar alguma coisa com base na vontade do homem, você escreveu:
Excluir"4) "Desses três decretos, se origina um quarto decreto, a respeito da salvação dessas pessoas, em particular, e a condenação daquelas. Isto depende da presciência e da previsão de Deus, com que Ele sabia, desde toda a eternidade, quais homens, por tal administração, creriam, pela ajuda da graça preventiva ou precedente, e quais perseverariam, pelo auxílio da graça subsequente ou posterior, e quais não creriam e não perseverariam."
Afirmar que o decreto se baseia na "presciência e da previsão" de Deus é o mesmo que dizer que Deus tomou uma decisão com base na ação do homem, não na sua vontade. Imagina que para você dar um presente a um filho, dependa totalmente do resultado da sua previsão. Se meu filho aceitar o presente, darei a ele, se recusar não darei. Isso pode fazer algum sentido, embora não seja real, mas não é o que a Bíblia informa. Veja por exemplo o que o anjo disse a José sobre Jesus, ele disse: "você dará o nome Jesus a ele, pois ele SALVARÁ o seu povo". Veja que ele não dependeu de qualquer resultado, ele informou o resultado - Jesus definitivamente salvará o seu povo.
Outro ponto importante é que o termo "presciência" não é aplicado à vontade do homem. O texto não informa que Deus elegeu com base na presciência do homem, mas dos seus próprios planos. Pedro escreveu:
Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas. (1 Pedro 1:2)
Leia, o texto informa que a presciência é sobre a vontade de Deus e logo em seguida descreve toda sua vontade. Isso é a descrição de um plano previsto por Ele, não um plano sobre o nosso livre-arbítrio. Pedro está dizendo: eleitos segundo o que Deus planejou fazer. Isso acontece em santificação do Espírito e PARA "a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo" - veja novamente, não há nada dizendo sobre a previsão do que o homem faria, mas sim, sobre a totalidade do plano de Deus.
Mas como os arminianos interpretam tão diferente esse texto? Incluindo o livre-arbítrio onde não há. O texto fala sobre o plano completo de Deus, eles vão lá e incluem o livre-arbítrio do homem...
Não entendo os Arminianos. Para que serve essa "exaltação" ao livre-arbítrio?
ResponderExcluir1º Se fóssemos livres, nossas decisões não seriam influenciadas por nada ou ninguém - ou se quer teriam consequências, afinal, somos livres!
- Ora, veja o que a Palavra do Criador mesmo fala em Be'reshit (Gênesis): "não comei da fruta da árvore do bem-e-do-mal que está no meio do jardim, pois certamente morrerás" [...]
O Adão e Eva (livres né?) comeram: "mas somos livres 'paizão', deixa disso, podemos fazer o que quiser; a serpente não influenciou nós em nada. Somos livres afinal!"
2º Se o Criador Todo-Poderoso tivesse nos dado livre-arbítrio vocês acham que ele teria se importado com o que nós fizemos no passado? Ou o que fazemos hoje? Para que serve uma salvação, para um "povo livre"?
3º Porque o Criador de tudo que há, se importou em ter para si um povo santo, e dar a ele Leis e Preceitos para que convivam em comunhão, sendo que somos livres?
4º Porque o Criador endureceu o coração de faraó 10 vezes contra os Moisés, Aarão e os Hebreus? Isso seria contra a própria lei/palavra do Criador, afinal, ele "nos deu livre-arbítrio"; ou seja, estaria Ele distorcendo a própria Palavra? (Indo contra a vontade de Faraó).
[...] é tantas perguntas, baseadas na própria Bíblia Sagrada que os Arminianos não conseguem responder.
- Afinal, se há liberdade em nossas escolhas, não tem sentido a existência de "bem e mal", "bom e mau", "certo ou errado". Isso é uma questão que a própria Filosofia já 'resolveu': "Se somos livres, não a necessidade de leis etc; afinal, estaríamos indo contra a nossa própria liberdade, nos prendendo/retendo a conceitos vãos?"
A paz do nosso Salvador e de nosso Deus estejam em vossos corações!