Cego de Jericó - Adoração humilde


Cego de Jericó

Adoração humilde


É possível notar em toda a Bíblia Sagrada histórias carregadas de ensinos. Isso é uma das coisas que faz ela se renovar sempre, pois uma geração passa por problemas diferentes da outra e quando leem o mesmo texto são levadas a aplicações diferentes de acordo com o contexto histórico/cultural em que vivem, fazendo com que a Bíblia se renove a cada dia como conhecemos bem.
No texto desta postagem veremos como Deus atrai seus filhos, ainda que estes estejam em situações deprimentes, supre suas necessidades, leva a uma adoração humilde e os faz reverter até mesmo as necessidades mais básicas em adoração a Si próprio. Este texto tem a intenção de nos mostrar um caminho de adoração constante e humilde ao nosso Eterno Deus.

A cura do cego de Jericó


35 - E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. 36 - E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. 37 - E disseram-lhe que Jesus Nazareno passava. 38 - Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. 39 - E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! 40 - Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, 41 - Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. 42 - E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. 43 - E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus. (Lucas 18:35-43)

Uma história simples com conteúdo profundo


Ao chegar em Jericó, Jesus e uma grande multidão se fizeram ouvir a um cego que mendigava na entrada da cidade. Ouvindo o barulho e questionando quem era, soube que Jesus passava por ali e a partir deste momento sua vida nunca mais foi a mesma, mas espere, e se aquele mendigo, assim como outras pessoas que poderiam estar naquele local, não desse ouvidos ao barulho da multidão? E por que aquele mendigo dentre tantos deu ouvido? Eis um dos grandes mistérios do evangelho!

Historicamente, quem Lucas estava observando?

“E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando” (v.35).

Lucas relata que Jesus estava chegando a Jericó e este texto pode confundir um pouco se comparado aos outros evangelhos, portanto, vamos observar o mendigo que Lucas está observando e comparar com o que os demais viram. Há três relatos na Bíblia sobre essa passagem, são elas:

1 – Mateus 20.29-34 – Jesus saindo da cidade / 2 cegos no relato;
2 – Marcos 10.46-52 – Jesus saindo da cidade / um cego chamado Bartimeu;
3 – Lucas 18.35-43 – Jesus chegando à cidade / um cego desconhecido.

Mateus e Marcos seguem o mesmo padrão em que Jesus saia da cidade sendo que em Marcos o mendigo recebe uma identidade; Lucas contrasta em relação à localização geográfica, aqui Jesus está entrando na cidade, porém chega bem perto de Mateus não dando uma identidade ao único cego que assiste. Embora as diferenças sejam tão grandes quanto as semelhanças é possível que todos eles estivessem assistindo ao mesmo milagre não ficando claro apenas sobre a identidade do cego visto por Lucas, mas o que precisamos saber sobre este cego logo se revelará a nós. Por enquanto sabemos que um cego estava mendigando quando ouviu o barulho da multidão.

É interessante desde o início observarmos as posições de ambos personagens, aqui vemos um cego parado pedindo esmola e um Deus se aproximando, isto deve trazer desde já clareza em nossa mente, pois muitos de nós estávamos parados quando Deus se aproximou e talvez observando bem todos estávamos parados quando Cristo passou por nós, outras coisas nos faz lembrar o nosso passado: um mendigo, alguém que não tinha como se manter e ainda por cima cego, não tinha como entender o que estava à sua frente. Estava parado e vivendo de esmolas uma vez que era incapaz de enxergar para se sustentar. Na época de Jesus uma pessoa que não enxergava não tinha tanta utilidade para a sociedade e se pararmos para analisar alguém que não consegue compreender muitas coisas hoje também não irá muito longe em seu contexto social, viverá como um mendigo na época de Jesus, vivendo do que outras pessoas lhe dão, até que por algum motivo ouça o barulho, santo barulho daquela multidão!

A oportunidade perfeita

“E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus Nazareno passava” (v. 36,37).

É comum ser incomodado por qualquer barulho, mas, e quando este barulho desperta a nossa atenção a ponto de nos tirar do chão e buscarmos mais informação? Não faremos isso com qualquer barulho, mas um certo barulho pode nos tirar do lugar sem que percebamos. Imagine por exemplo um pregador dentro de um transporte público falando e de repente algo chama sua atenção, ainda que estejamos distraídos é possível que aquele barulho seja suficiente para nos atrair de forma surpreendente e foi o que aconteceu com aquele cego, estava apenas pedindo até que um barulho tirou completamente a sua atenção, é possível que estivesse recebendo alguma esmola quando a mensagem, ainda que em um formato diferente chegou aos seus ouvidos.

O primeiro som foi o de uma multidão e já foi suficiente para despertar o mendigo quanto ao conteúdo da possível mensagem, é possível que estivessem gritando o nome de Jesus, ou até mesmo clamando para que fizesse milagres pessoais, não sabemos ao certo, mas aquele mendigo ouviu um certo barulho que mudou a sua vida para sempre! Mas se esse barulho era tão santo, por que apenas ele despertou? As vezes o barulho é apenas para nós mesmo e isso é um mistério que resolveremos em outro texto.

A mensagem do evangelho pode ser propagada de formas inusitadas. Vemos isso nos evangelhos e hoje também é possível notar, veja um breve exemplo:

“38 E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. 39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. 40 Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? 41 E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. 42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. 43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23)

No texto lido vemos como o evangelho foi pregado para muitas pessoas, o foco será apenas em duas, mas aquela placa colocada por Pilatos a fim de zombar de Jesus foi usada mais tarde para mostrar que realmente o Rei estava pendurado naquela cruz. De imediado a mensagem do evangelho trouxe dois resultados diferentes, não foram duas mensagens e dois resultados, temos uma mensagem com dois. Assim que foi pendurada a placa um dos condenados começou a blasfemar contra Jesus, para ele não fazia sentido algum toda a história a respeito de Messias enquanto o outro condenado começa a adorar a Jesus como o próprio Deus. Eis as suas palavras: Tu nem ainda temes a Deus; mas este nenhum mal fez; Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.

Curiosamente os elementos da oração ensinada por Jesus estão presentes na fala de um dos condenados, primeiro ele exalta a Deus, depois faz o contraste entre o homem e Deus declarando que nós somos culpados enquanto Deus não faz mal algum, fazendo essa comparação temos o arrependimento e por fim ele pede para que Jesus o veja e se lembre dele, parecido com o grito daquele cego de Jericó. Dois resultados para uma única mensagem, eis o que o evangelho faz com o ser humano, enquanto salva a alguns condena a outros de acordo com o que Jesus ensina em João 3.18. Mas veja que o mesmo acontece hoje, muitos são alcançados por mensagens minimistas e muito mais simples do que parece, as vezes tentamos rechear o evangelho e acabamos sufocando a mensagem principal, um erro gravíssimo.
Podemos ser chamados pelo Espírito Santo após ler uma placa, ouvir um som ou até mesmo aquele velho e conhecido “Graças a Deus” que estamos tão acostumados a fazer. Isso não excluí a nossa responsabilidade em levar a mensagem do evangelho de forma completa, só demonstra que o Espírito é livre, não depende exclusivamente do tamanho de conteúdo que usamos para pregar a salvação. Se fizermos essa propagação de forma simples ela poderá ter a mesma utilidade que um sermão de quarenta minutos. Por isso é importante notar como aquele cego pregou o evangelho enquanto clamava a Deus e posteriormente em adorá-lo por ter recedido o que havia pedido.

A palava de Deus nos revela que Jesus é essa mensagem, não importa tanto como ela chegue aos nossos ouvidos, o que realmente importa é que ouçamos a sua voz nos chamando. É um conhecimento tão profundo que não devemos negar o poder que há no simples pronunciamento do seu nome, leia o que João ensina no início do seu evangelho quanto ao Senhor Jesus:

“No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele existia no princípio com Deus.” (João 1:1,2).

Jesus não é apenas um nome, Ele é a própria palavra de Deus, portanto só ouvir seu nome pode ser suficiente para despertar a salvação em alguém, como fez com aquele cego. Não precisou que o evangelho inteiro tivesse sido pregado ao mendigo para que ele se atentasse quanto ao conteúdo, apenas o barulho das pessoas em volta de Jesus fez com que ele mudasse de direção, antes mendigando, agora buscando aquele som.

Sei como pode ser complicado este ponto, mas ele não foi feito para que compreendêssemos, o apóstolo Paulo chega à conclusão de que estas coisas não podem ser explicadas pela lógica humana quando ensina:
“Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são” (1 Coríntios 1:21,28).

Isto demonstra que Deus escolhe não trabalhar com a nossa lógica, antes usa meios improváveis para chamar aqueles a quem escolhe. O grande problema é que nós esquecemos como isso acontece conosco, mas é bem certo que ouvimos falar de Jesus de forma muito impessoal e isto tenha nos influenciado ainda que não percebêssemos. Ao questionar aquele barulho muitas pessoas lhe anunciaram de forma mais completa que Jesus estava passando (v.37), há aqui também uma oportunidade. Aquele mendigo desejava ver e de alguma forma confiava poder alcançar a cura em Jesus.
Isto pode nos mostrar oportunidades que Deus nos dá de mantermos algum tipo de contato com Ele, estávamos estacionados e de alguma forma nos atraiu para si dando a oportunidade até mesmo de alcançar algo e bem sabemos que Ele realiza bastante dos nossos desejos sinceros, porém, antes de partir para o desejo daquele cego há aqui a oportunidade de contato entre Deus e o homem, o qual não podemos criar ou escolher, estas oportunidades são criadas por Deus, ele nos chama e prepara tudo para que possamos experimentar a sua presença.

“Esse reconhecimento é efetuado por uma operação especial do Espírito Santo, pelo qual se pode denominar Testimoniun Spiritus Sancti individual. A revelação de Deus foi dada de uma vez por todas em Jesus Cristo: não em seu aparecimento histórico, mas no plano supra-histórico no qual os poderes do mundo eterno tornam-se evidentes, tais como sua encarnação, sua morte, e sua ressurreição" (Louis Berkhof).

O problema é que muitas pessoas querem sentir essa presença dentro da igreja num banco confortável, mas há aqui duas mensagens que podem nos ajudar. A primeira é que Deus faz isso para nos chamar para si no momento da conversão, como acontece com todos nós; a segunda é formada de momentos em que o próprio Deus prepara acontecimentos que nos leva a uma adoração sincera e plena, momentos que não foram criados por pregadores ou músicos, momentos verdadeiros. Aquele cego estava distraído até que Jesus passou por ali, caso Jesus nunca tivesse passado ele talvez morreria sem este momento, ou caso aquele mendigo fosse como muitos cristãos hoje teria duvidado que a partir de um “barulho” um Deus se aproximaria dele e ainda lhe abriria os olhos, de certo que muitas pessoas perdem oportunidades como esta em que temos a chance de ver o agir sobrenatural de Deus. Como reconhecer tais momentos? Fazendo o que o mendigo fez: Questione sempre o motivo de tudo estar acontecendo e você certamente se deparará com alguns acontecimentos sobrenaturais que lhe darão a oportunidade de viver aquilo que Deus tem para você, e apenas você poderá perceber.
Se formos sempre arrogantes e egoístas deixaremos todas estas oportunidades passar achando que são apenas barulho.

A oração humilhada

“Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim.” (v.38).

Há reações importantes neste verso. Assim que o mendigo ouviu sobre quem passava começou a “gritar”, como traduzido pela NVT, porém há duas coisas que precisamos tomar nota nesse grito:

1 – Ele estava adorando o Messias:

O texto mostra que o mendigo era cego, porém, ficamos sabendo aqui que ele conhecia sobre o Messias que havia de vir. Quando ele começou a gritar “Jesus, Filho de Davi” lemos aqui uma referência ao texto de Isaías em relação à promessa do seu envio como veremos abaixo:

"Do tronco da linhagem de Jessé brotará um renovo; sim, um novo Ramo que de suas raízes dará frutos. E o Espírito do SENHOR estará sobre ele, o Espírito de sabedoria e discernimento, o Espírito de conselho e poder, o Espírito de conhecimento e temor do SENHOR. Ele terá prazer em obedecer ao SENHOR; não julgará pela aparência, nem acusará com base em rumores." (Isaías 11.1-3).
Esta talvez seja uma das melhores descobertas de todo o texto, porque é muito comum usarmos ele para pessoas que não conhecem Jesus, um texto usado de forma evangelística, mas, eis uma informação importante: O cego já conhecia sobre o Messias. Ou ainda melhor, pela sua reação ele já aguardava o Messias! Não é um grito comum, ele está afirmando que aquele homem no meio da multidão era de fato o Messias prometido ao povo de Israel!

A primeira reação do cego ao encontrar Jesus foi a de adoração. Isso não é diferente do servo que ama o seu Senhor, e Jesus ensina isso até mesmo no seu modelo de oração:
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9).

Aprendemos que ao chegarmos a Deus a nossa primeira reação também deve ser de adoração, como ele faz? Segue:
1 - “Pai nosso, que estás nos céus”: Reconhecendo a glória e majestade do Pai;
2 – “Santificado seja o teu nome”: Declarando que Ele é Santo.

Em uma oportunidade de adoração verdadeira e humilde devemos priorizar a adoração a Deus, não as nossas vontades e sim fazer com que mais pessoas percebam sobre quem estamos falando, quando aquele cego começou a gritar certamente tinha no meio da multidão pessoas que ainda não haviam percebido quem era Jesus, pessoas que o buscavam simplesmente pelos milagres, mas nunca souberam que Ele era o Messias prometido por Deus. Aquele cego estava adorando a Deus e evangelizando, talvez sem perceber, mas de fato com bastante coerência. Podemos e devemos ser assim, tudo que fazemos para Deus deve antes de tudo expandir a ideia de que Ele é soberano, que é a nossa solução. São coisas que vêm antes da nossa própria vontade caso isso ainda não tenha se tornado a sua vontade também. Isso faz de você um adorador verdadeiro, quando o Reino vem antes das suas vontades e fazer isso de forma natural e espontânea deve ser, sem dúvida, um alvo a perseguir.

2 – O cego clamou por misericórdia:

A segunda reação daquele cego não foi imediatamente pedir a cura da sua cegueira como muitos pensam, há aqui mais coisas que precisamos aprender. Após a adoração aquele mendigo clamou por socorro, misericórdia, ou seja: “Deus tenha piedade de mim”. E por mais que possamos pensar que isso era pelo fato de ser cego eu chego à conclusão de que ao perceber que realmente o Messias estava ali ele possa ter se arrependido, como era de fato pregado o evangelho de Jesus. Foi como uma confissão da sua pequenez e um pedido para que o Messias pudesse ser piedoso com ele.

“Enfim chegou o tempo prometido!’, proclamava. “O reino de Deus está próximo! Arrependam-se e creiam nas boas-novas!” (Marcos 2.15)

Nosso primeiro contato com Deus precisa trazer esse arrependimento, não que estejamos nos convertendo todas as vezes, mas que percebemos o tamanho de Deus em relação a nós e a única certeza que nos resta é que precisamos da sua misericórdia antes de qualquer coisa. É possível que num dia comum ao perceber a presença de Deus em qualquer situação ou até mesmo numa oração lembremos dos nossos pecados, é possível mesmo que todos eles venham a nossa mente só de pensar que Deus está nos cercando e que conhece os nossos pensamentos como ensina Davi no Salmo 139, esta sensação por si só nos leva ao arrependimento. Tenho certeza de que muitos por ler esse último parágrafo devem ter pedido a mesma coisa que aquele mendigo pediu! Misericórdia Senhor! Isso é uma oração, o que estamos lendo e o que fazemos é o mesmo que uma oração e ela é muitas vezes expressa em atitudes também, veja o que aconteceu até aqui:

1 – O mendigo estava parado, e cego;
2 – Jesus se aproximou e se fez ouvir;
3 – O mendigo o adorou como o Messias;
4 – Ele clamou por misericórdia.
Adoração + arrependimento.
É possível também que esta atitude represente a conversão do mendigo, ele foi atraído a Deus e quando ouviu a mensagem do evangelho respondeu positivamente a ele. O fato de já esperar ou conhecer sobre o Messias talvez deixe ainda mais claro que Jesus se faz audível e acessível às suas ovelhas, elas ouvem sobre ele e respondem positivamente como Ele mesmo ensina em João 10. O que talvez tenha o levado a uma adoração tão humilde como esta, diferente de muitas coisas que vemos hoje relacionadas ao evangelho.
É importante sempre lembrar esta sequência quando se pensa em conversão: A mensagem chega como poder de Deus para a salvação (1Co. 1.18,19) e como resultado nos eleitos há a conversão verdadeira levando os crentes a mesma fórmula de adoração exposta anteriormente.

Wayne Grudem descreve a ordem da salvação da seguinte forma:
1 – Eleição (escolha que Deus faz de salvar algumas pessoas)
2 – Chamado ao evangelho (proclamação da mensagem do evangelho)
3 – Regeneração (implantação da vida nova)
4 – Conversão (fé e arrependimento)
5 – Justificação (posição legal perante Deus)
6 – Adoção (participação na família de Deus)
7 – Santificação (conduta reta de vida)
8 – Perseverança (permanecer um cristão)
9 – Morte (partir para estar com o Senhor)
10 – Glorificação (recebimento do corpo ressurreto)


Mas, como temos reagido a momentos assim? Se ainda não somos crentes muitas vezes ignoramos o chamado, e se somos deixamos passar oportunidades de um envolvimento maior com o Reino de Deus, até porque seja qual for a sua posição um acontecimento assim irá sem sombra de dúvidas te tirar do lugar, podemos resistir a isso por um tempo, mas na hora certa será inevitável! Por que então demoramos tanto em nos entregar se já sabemos que isso irá de fato acontecer?

“E eu lhes asseguro que está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os mortos ouvirão minha voz, a voz do Filho de Deus. E aqueles que a ouvirem viverão." (João 5.25).
Da adoração ao arrependimento, estas coisas nos acompanharão até o retorno de Jesus e nos impulsionará sempre a diante, para novas oportunidades de adoração!
Após a resposta positiva ao evangelho aquele cego começa sua jornada de adoração ou a busca por Deus; e alguma coisa que aconteceu no meio do caminho com ele acontece todos os dias conosco também, este ponto precisa ser muito bem observado também!

A rejeição da plateia

"E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (v.39).

A reação da multidão não foi apenas inusitada, revelou muito mais de tudo que vemos hoje em dia. A primeira coisa que precisamos lembrar é que as pessoas que mandaram o mendigo se calar eram justamente as que seguiam Jesus, aqueles que estavam aparentemente mais próximos a Ele. Provavelmente eles enxergavam muito menos do que aquele que adorava a distância e o fato de ter repetido várias vezes aquelas palavras os incomodou, porque a profecia de Isaías era ao mesmo tempo uma boa nova e uma péssima notícia, vejamos algumas características da profecia da qual provavelmente o cego estava se referindo:

Isaías 11.1-3: Eis as boas novas, uma pessoa da descendência de Davi seria o Messias prometido por Deus, o qual teria o Espírito do Senhor sobre si e viria julgar e falar em nome do Pai enquanto inaugurava algo completamente novo na Terra;
Isaías 11.4-5: O Messias traria justiça aos pobres, seria completamente justo com todos na terra independente da sua classe social e as suas palavras seriam como correção e traria morte aos ímpios. A justiça e fidelidade, provavelmente àquele que o enviou, seriam características próprias do Messias. Ou seja, tudo que Isaías havia profetizado para o Messias se cumpriria sem sombras de dúvida.

Além de trazer à memória parte da profecia de Isaías a mudança imediata pode ter feito com que as pessoas sentissem inveja daquele homem que a alguns minutos atrás reclamava “que era aquilo” e agora estava gritando “ Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim”. Uma coisa que todos nós já vimos acontecer dentro de nossas congregações. O homem que tentava adorar Jesus sendo repreendido por aqueles que deveriam estar ajudando a gritar mais alto, eis um mistério do cristianismo que não conseguimos compreender ainda, mas temos certeza de que Deus sabe muito bem.

Com essa mudança aquele mendigo também começou de imediato a evangelizar e esse pode ter sido o motivo de tantas pessoas se levantarem contra ele e de certa forma a culpa não é de quem tenta nos impedir e sim de quem tem poder para influenciar negativamente até mesmo cristãos que seguem Jesus a bastante tempo. Satanás está constantemente perseguindo pessoas como aquele cego, pessoas que ao serem chamadas ao evangelho se entregam por completo e não resistem à missão, cumprindo-a todo instante e precisamos aqui tomar uma nota muito importante.

Se fomos atraídos ao evangelho e ele logo nos faz mudar e até sentir o desejo de sair por aí pregando a verdade precisamos levar em conta que Satanás, nosso inimigo, luta constantemente contra essas coisas e certamente colocará muitos empecilhos para nos atrasar ou distrair. Sobre a nossa vitória podemos ter certeza de que acontecerá, não porém sem luta e diversidades.

Aos Efésios Paulo adverte sobre isso ensinando:
“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:12).

A vida cristã não é nem um pouco simples ou fácil como muitos pregadores ensinam, muito pelo contrário, estamos sempre lutando e se não estamos enfrentando adversidades provavelmente não estamos mais tendo uma vida cristã. A Timóteo, Paulo se expressa de forma muito clara sobre isso afirmando:
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2 Timóteo 3:12).

Portanto, esteja certo de que momentos de adoração serão seguidos por perseguições e não se assuste caso venham de dentro da igreja. Observe que aquele mendigo não se deixou levar por elas. Me pergunto o que aconteceria se ele tivesse se calado sem saber que estava a poucos segundos de ser levado à presença de Jesus, é muito comum pessoas desistirem, se cansarem ou desanimarem na metade ou até mesmo no final, próximo de chegar mais perto de uma adoração não apenas verdadeira e humilde, uma adoração assistida de perto pelo próprio Deus. O mendigo não desistiu, pelo contrário, quanto mais mandavam ele parar mais ele gritava. O grito do mendigo se tornou mais alto que a voz de repreensão das pessoas que cercavam Jesus e de repente o verdadeiro milagre aconteceu!

O verdadeiro Milagre acontece

"Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe" (v.40).

Eis o verdadeiro milagre. Aquele cego estava parado, foi alcançado pela mensagem de Jesus, ainda que pelo barulho da multidão, foi tomado por uma adoração verdadeira e repreendido pelos que estavam próximos de Jesus. Agora o próprio Deus parou!

Note que mais uma vez a iniciativa foi do próprio Deus, não apenas de parar e observar, ele pede que tragam o homem para perto de si e isso revela muito sobre o nosso conhecimento de Deus. É certo que muitos procuram achar Deus, estudam durante anos alguns conseguem até um vislumbre, porém, Deus se revela a quem ele quer e isso explica o motivo de que nem todos que iniciam os estudos continuam ou conseguem alcançar algum objetivo santo como este, encontrar a Deus. A nossa leve impressão de poder achar Deus tem deixado muitas pessoas frustradas por não compreender direito o que é o evangelho. Muitos procuram por motivos banais e nunca alcançam nada, outros com um simples barulho são tomadas de uma presença tão grande que passam por uma mudança completamente radical e isso só pode ser explicado de uma forma: Deus se faz conhecer a quem ele quer e Jesus ensina isso usando uma linguagem bem simples:
“e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.” (João 10:16b)

Podemos a todo custo tatear no escuro a fim de encontrar Deus, porém, se essa força não for motivada pelo próprio Deus ficaremos no escuro. Não há mistérios, apenas encontra o pastor as ovelhas que foram chamadas pelo pastor. Este também é um momento importante da vida do crente, somos observados por Deus e levados para perto de si, não apenas porque forçamos um encontro e sim por ter um coração quebrantado como aquele mendigo, ao sentir a possibilidade de ser curado ele começou a clamar por misericórdia e Deus constantemente nos abençoa com ela.

O salmista conhecia bem este aspecto do Senhor, por isso ele declara em um dos seus salmos mais conhecidos:
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17).
E ainda vemos Jesus demonstrando esta característica em um simples relato de Mateus, confira:
“E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9:36).

A misericórdia de Deus é algo que nós não podemos explicar, a única coisa que percebemos é que Deus realmente observa corações quebrantados e são os que rendem a adoração humilde e verdadeira.

Será que há alguma diferença entre o resultado da adoração daquele cego para o que vemos hoje dentro das igrejas? Será que temos aquele nível de aproximação mostrado por Lucas? Ao qual Deus pede para trazer para perto de si? Eis um motivo de grande questionamento nos dias atuais, os nossos resultados podem ser iguais ao dele se de fato nosso coração estiver em plena adoração humilde, ou seja, sem aparente pretexto para chegar perto de Deus. O que vemos na verdade são muitas pessoas buscando as coisas que Deus pode dar.

O pedido humilde

"Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja." (v.41).
Diante de um Deus, o que você pediria? O pedido daquele cego foi humilde suficiente para buscar apenas o que precisava. Como mendigo ele buscava dinheiro, mas por que com Jesus ele pediu outra coisa? Atente para que o verdadeiro pedido do cego havia sido atendido, ele clamou a Jesus por misericórdia e enquanto levavam ele até o Messias isso havia sido realizado, agora o que ele queria era poder enxergar. Talvez por conseguir levar a vida em paz, talvez porque enxergando ele não precisaria mais viver de esmolas, mas vejam que muitos hoje enxergam e continuam vivendo de esmolas, ou quem sabe aquele pedido fora mais profético do que a própria adoração feita nos versos 38 e 39.

Eis uma das coisas mais importantes para o homem, enxergar. E hoje muitos que enxergam não consegue ver esta luz, são cegos que decidiram ignorá-la, pessoas que enxergam, mas não querem compreender. Aquele mendigo estava próximo a Jesus, ouvia a sua voz, mas não o enxergava. Era como muitos dos religiosos de hoje, eles falam de Jesus, leem sobre Ele, mas no fundo estão cegos. O pedido daquele homem foi o mais sensato de todos, pois ele considerou a sua maior necessidade e gastou a sua única oportunidade para pedir que enxergasse. Muitas pessoas passam anos e não conseguem definir bem os seus problemas, sofrem por não considerar que precisam pedir aquilo que precisam e não aquilo que querem.

Poderíamos ver aquele pedido apenas como uma necessidade humana, o homem era cego e queria ver para ter uma vida normal, talvez novos projetos ou algo assim, porém o versículo seguinte mostra que o mendigo foi transformado no momento em que ouviu o evangelho, e isso nos leva novamente a Isaías, o profeta ilustrou isso mostrando um povo que estava morto, uma outra maneira de alguém estar na escuridão e fala claramente que eles seriam trazidos de volta, uma forma de voltar a ver a luz, leia:
“Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão. Despertem e cantem de alegria, vocês que habitam no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos.” (Isaías 26.19).

O mesmo exemplo usado por Paulo ao se referir ao estado do homem antes de ser chamado por Deus para a salvação, como lemos em Efésios 2:

1- E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
2- Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
3- Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
4- Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5- Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6- E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;


O que acontece com aquele homem que anteriormente estava no pó (Is. 26.19a) e ressuscita pelo poder de Deus? Ele poderia fazer diversas coisas, como vemos diariamente as pessoas que são abençoadas usando isso para coisas banais, porém o que torna esse mendigo diferente é que ele passou do pó à adoração, como Isaías bem profetizou afirmando: “Despertem e cantem de alegria, vocês que habitam no pó”. Este é o efeito do verdadeiro chamado de Deus, somos tirados de um quadro de escuridão e esse milagre leva a adoração, é muito curioso que algumas pessoas usem as bençãos de Deus e até mesmo a salvação para fins diferentes quando o próprio texto ensina que a nossa alegria em receber a vida é adorar aquele que nos deu.

O primeiro milagre!

"E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou.” (v.42)

Eis o maior momento da história daquele homem, ele pediu para enxergar e ganhou uma eternidade! As palavras de Jesus quanto a sua fé revelam o que já temos lido, ele conhecia Jesus, estava a pouco tempo clamando pela misericórdia e aqui vemos que junto da cura ele recebeu a salvação!

Deus sempre nos dá muito mais do que pedimos, mas isso acontece quando nosso coração contrito deseja o básico para sobreviver, quanto aos soberbos ele não tem compromisso algum. Os humildes serão sempre ouvidos e terão muito mais, veja o que Jesus nos ensina sobre pessoas assim:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” (Mateus 5:3,8)

A pureza do coração e um espírito humilhado, coisas que Deus não despreza no homem como já vimos no decorrer deste estudo. Características de uma pessoa humilde que não busca riquezas ou fama, uma pessoa assim deseja apenas mais um dia. Aquele cego não queria nada mais do que a misericórdia de Jesus e a visão para continuar, isso fez com que Jesus lhe desse a salvação. Enquanto isso muitos o cercavam procurando cura e sinais, outros benefícios que lhes dariam apenas uma distração, algo que pudessem dizer no fim do dia que viram Jesus fazer. Como pessoas que buscam os mágicos para se divertir, estas pessoas, que vivem apenas pelos sinais e maravilhas talvez nunca enxerguem o que aquele cego ouviu no momento que aquele barulho da multidão entrou em seus ouvidos.

As perguntas que poderiam ilustrar bem os nossos dias é, o que temos buscado? Como está o nosso coração em relação a Deus? As respostas a estas perguntas mostram exatamente o que nós temos alcançado de Deus, aquele mendigo foi alcançado por Deus e seu coração humilde e contrito demonstrou como Deus age naqueles que são chamados, ele poderia ter mudado de ideia após receber o milagre, mas agora ele recebera a salvação e o próximo verso demonstra como isso chegou no seu coração.

O segundo milagre!

"E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” (v.43)

Ele conseguiu o que queria! Aleluia ele foi curado e Jesus garantiu a salvação! O que se esperar após isso? O que fazer agora que ele alcançou o que tanto queria e ainda mais? Eis uma reflexão sobre o que fazemos após conseguir enxergar.

Mas, algumas coisas nesse verso são estranhas para a maioria das pessoas que buscam Deus, muitas querem alcançar algo, querem o poder, a libertação e a vitória para que elas tenham uma vida melhor e após isso quem sabe viver de forma digna e por conta própria, muito parecido com o que aquele mendigo pudesse desejar, mas a reação dele é extremamente diferente do que esperamos, a glória que ele alcançou, a cura foi revertida ao próprio Messias, ele ganhou e agora está devolvendo em forma de adoração e serviço. Eis alguns pontos a considerar sobre esta conclusão:

A – A fé naquele mendigo foi despertada no momento em que ouviu a mensagem da salvação, para isso não precisou primeiramente de ser anunciado quem estava vindo, apenas o som fez com que ele despertasse para algo que foi imediatamente descobrir. Jesus sempre chega antes naqueles que são chamados e o seu chamado desperta a fé, após ouvir que o Messias estava passando aquele cego começou a adorá-lo e aquele momento havia definido todo o restante do texto.
B – Após receber a cura o cego não continuou mais viver a sua vida, ele poderia ter saído correndo ou fugir da multidão e da luz, mas sua atitude mostra que a transformação foi completa e eficaz. O cego enxergava e não desejava mais viver para si, ele seguia Jesus como seu discípulo.
C – A manifestação da salvação foi tão grande na vida daquele homem que muitos ouviram falar de Jesus por conta daqueles dois milagres, é importante notar que a conclusão da nossa salvação deve resultar em glória ao Deus e não a nós! Tudo e todas as coisas precisam mostrar Cristo!

Isto tem muito a nos ensinar, principalmente quanto ao que Deus faz por nós diariamente. Note que o efeito da ação de Jesus na vida daquele cego foi o de apontar a glória ao próprio Jesus. É muito importante observar a forma como aquele mendigo se esvaziou de si após conseguir o que pediu, muitos não fazem assim. Se fizéssemos isso apontaríamos todo nosso sucesso a Cristo e não aos nossos méritos e seríamos como aquele cego, cantando sempre que a nossa vitória, seja ela qual for, foi possível apenas porque Jesus nos salvou. Então, por que não vemos isso acontecendo todos os dias? Deus certamente nos abençoa e nos dá oportunidades de verdadeira adoração todos os dias de nossa vida, mas é possível que o coração do homem esteja tão envolvido entre o sucesso e o seu desejo que ao alcançá-lo ele esquece de Deus. Perdendo assim a oportunidade de manter uma adoração humilde e muito mais real e palpável entre Deus e o homem, aqueles momentos que nos levam de volta a Cristo pela ação do Espírito Santo.

Termino este texto com as palavras do Rev. Hernandes Dias Lopes sobre este verso:

“Bartimeu demonstra gratidão e provas de conversão. Ele não queria apenas a benção, mas, sobretudo, o abençoador. Ele seguiu Jesus para onde? Para Atenas, a capital da filosofia? Para Roma, a capital do poder político? Não, ele seguiu Jesus para Jerusalém, a cidade onde Jesus chorou, suou sangue, foi preso, sentenciado, condenado e pregado na cruz. Ele seguiu não uma estrada atapetada, mas um caminho juncado de espinhos. Não o caminho da glória, mas o caminho da cruz. Bartimeu trilhou o caminho do discipulado.”

Jesus se fez ouvir em Jericó para um mendigo cego, o padrão de pessoa que nós não estamos acostumados a ouvir adorando todos os dias, hoje ele passa constantemente por seu povo e nós temos a opção de demonstrar uma adoração verdadeira, de sentir que estamos perto de Deus e sermos humildes a ponto de voltar a ele tudo que tem feito por nós, muitos deixam estas oportunidades passar e nunca descobrem o que é adoração humilde e verdadeira, que você meu irmão não seja um crente assim.



Devair S. Eduardo
blog. Palavras em Chamas




Comentário de Hernandes extraído de: Comentários Expositivos Hagnos – Ed. Hagos
Citação externa: Teologia Sistemática – Louis Berkhof – Ed. Cultura Cristã – 4ª edição; Manual de Doutrinas Cristãs – Wayne Grudem - ed. Vida .
Traduções da bíblia usadas: ACF, NAA, NVT

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