A luz e a vida - Série: Palavras do Mestre 04
A luz e a vida
Ontem, quando decidi fazer esta postagem eu tinha duas
opções. Uma era um pecado e outra a postagem. Dentro de mim uma verdadeira
guerra acontecia enquanto eu lutava por desistir do pecado e optar pela
postagem. Por fim, eu venci o meu pecado e por isso mesmo você está lendo essa
postagem.
Mas nem sempre foi assim, houve um tempo em que eu nem mesmo
pensava sobre o que era certo ou errado, muito menos lutava entre a atitude
correta e a errada. Isso acontece quando não temos noção de certo e errado e
por muitas vezes confundimos o errado com certo e o praticamos assim mesmo.
Comigo aconteceu como que uma iluminação, houve um tempo em que fui chamado
para uma conversa que durou vários dias. Durante esta reunião eu lia e relia as
palavras de Jesus na Bíblia e o livro de Provérbios. Estudei-os de um canto a
outro. Isso não significa que eu os sei de có, não mesmo… eu esqueci vários
textos e preciso (como todo mundo) usar o campo de pesquisa pra “lembrar” onde
Jesus disse isso ou aquilo. Porém, conforme ia recebendo essas instruções e
orientações algo dentro de mim foi mudando. Comecei a enxergar o que realmente
estava errado em mim e em minhas atitudes e a minha consciência tomou uma forma
mais justa, mais clara. Eu literalmente estava nas trevas quanto a alguns
assuntos e quando essa luz acendeu perto de mim tudo que eu fazia de errado
ficou claro e eu fui levado a abandonar elas. Lógico, não sou perfeito e
provavelmente não serei até Jesus voltar, mas o que ele me ensinou e o que ele
nos ensina nos garante um caminho muito mais claro em direção a Deus e à sua
salvação, e é sobre isso que o nosso mestre quer falar hoje com você e comigo
enquanto escrevo essa postagem.
O mestre inicia mais uma seção chocando seus ouvintes
declarando: “Eu sou a luz do mundo. Quem
me segue não andará em trevas, mas terá luz e vida.” (João 8.11).
Com esta declaração Jesus havia aberto mais um ensinamento
em meio ao caos provocado pelos falsos religiosos a partir de sua declaração,
porém o que levou ele a declarar tais palavras foi o seu ensino quanto à mulher
pega em adultério, onde, um grupo formado por mestres e fariseus trouxeram uma
mulher pega em flagrante. Tais homens esquecendo-se de seus próprios pecados se
puseram no lugar de Deus citando parte das escrituras, apenas para provocar,
para ver qual seria a reação do Mestre. E Jesus não obstante os mostra que
tanto ela quanto eles estavam errados tornando-os incapazes de poder julgar
alguém. Não muito após isso pressionaram Jesus mais uma vez por ter se
declarado “luz” do mundo, como que ele tivesse se colocado no lugar de Deus o
que seria blasfêmia se verificarmos do ângulo de quem o queria condenar. E de
fato, era isso mesmo que Jesus estava mostrando, que ele é a luz do mundo… Mas
como assim, luz do mundo?
A bíblia nos apresenta Jesus não apenas como um profeta, mas
como a única e última solução para o ser humano, e Deus sempre esteve em
conflito com o ser humano, pois mesmo tendo uma lei e todo um processo para
purificação ele pendia para o erro e o pecado. Não adiantava toda a lei, todo o
ritual e sacrifício, o ser humano não conseguia sair das trevas da ignorância
para a luz da revelação divina. Isso porque temos a tendência de ligar o botão
muito conhecido como “automático”. E era esse mesmo processo praticado pelos
filhos de Deus antes de Jesus vir em carne para nos dar a revelação da sua
própria vontade. Usamos esse botão até hoje, mas quando Jesus nasceu o cenário
era de tristeza para o povo de Deus, não que hoje não seja também. Verificamos
nos livros dos profetas que o povo de Deus, a nação escolhida, estava cada dia
mais voltada para o erro e o pecado. Mesmo tendo acesso a Deus através dos
sacrifícios, mesmo sabendo e testificando várias vezes de forma clara e real
que ele estava no seu meio, o povo de Deus escolhia sempre o pecado. Eles
estavam como eu estive, vivendo em trevas, sem saber para onde ir.
Por isso Deus enviou o seu único filho, chamado por João de
“verbo de Deus” e “luz verdadeira que ilumina a todos”. E
na época em que ele começou seu ministério terreno foi exatamente o que ele
fez. Quebrando paradigmas e mostrando claramente o que Deus estava dizendo em
suas escrituras Jesus trouxe salvação e esperança a um povo oprimido e
condenação e justiça a um povo que oprimia e posteriormente vencendo a morte em
nosso favor. Tudo isso a partir da iluminação pelas escrituras, ou seja,
através da revelação divina ao homem. Tornando claro aquilo que outros
dificultavam, mostrando pecados ocultos que outras pessoas cultivavam como
erros “corretos”. Jesus de fato trouxe luz para um mundo perdido em trevas,
esquecido pela própria ignorância que insiste em buscar o erro e ama o pecado.
Fato incontestável é que sem Jesus todos nós estaríamos
vivendo nas trevas, jamais teríamos a chance de ser salvos do poder do pecado,
ser alcançado pela sua graça de Deus. Se somos salvos devemos isso ao próprio
Jesus, que não parou após sua morte e ressurreição, mas continua nos iluminando
ainda hoje! Sem ele e em suas próprias palavras “caminhávamos sem saber para onde ir” (Jo. 12.35), éramos como uma
moeda num canto escuro e uma ovelha perdida. (Lc 15)
O apóstolo Paulo compreendendo esse ensino foi direto ao
ponto na carta aos Efésios quando escreveu que: “Deus, porém, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com
que nos amou, estando nós ainda mortos
em nossos delitos, nos vivificou com Cristo (pela graça sois salvos) e nos
ressuscitou com ele, fazendo-nos assentar nas regiões celestiais, em Cristo
Jesus,” (Ef. 2.4-6). Estávamos mortos! E pela revelação a Paulo podemos
notar que sem a graça de Deus essa luz jamais chegaria a nós, não porque
deixamos de escolher ou porque não tínhamos tempo para isso, ela não chegaria
porque nós simplesmente estávamos mortos e o veículo dessa luz, da salvação é o
próprio Deus, assim como hoje muitos ainda estão. Mortos em seus conceitos
errados, em seus pecados, presos na escuridão de sua ignorância até que um dia,
assim como foi comigo, Deus pela sua graça se faça visível e este se torne uma
nova pessoa.
Pode parecer um pouco confuso, mas a obra da salvação, do
inicio ao fim, é realizada exclusivamente por Deus. Por isso Jesus usa termos
como luz em trevas e Paulo usa mortos e vivificados. Pedro chama de escolhidos,
eleitos. São obras que nós jamais poderíamos escolher, optar ou rejeitar.
Estávamos mortos, em trevas. Conhece alguém que faz escolhas depois de morto?
Que conhece a direção sem ter nenhuma luz para mostrar o caminho? Tire a
bengala de um cego e o peça para ir á esquina e voltar, nós éramos assim até
que esta obra nos alcançasse. E muitos hoje ainda são como este cego. Perdidos
num mundo de trevas fazendo escolhas concernentes e compatíveis às trevas.
O ensino de Jesus quanto a ser luz e salvação era tão nítido
que em duas parábolas nós o vemos descrevendo sua vinda a Terra para buscar
algo que o pertencia. São os casos da parábola da moeda perdida, onde a sua
dona acende uma lamparina e parte para a “escuridão” a fim de buscar uma de dez
e quando a encontra faz uma festa! Acha mesmo que alguém faria uma festa por
uma moeda? A festa não foi por uma simples moeda, a festa foi por você! Vemos também
um pastor que tendo cem ovelhas perde uma e mais uma vez o seu dono parte em
uma missão de encontrar essa sua ovelha perdida e encontrando-a faz uma festa! “Assim vos digo que há alegria diante dos
anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” (Lc. 15.10).
Jesus disse que sua obra não pararia após ser elevado ao céu.
A busca pelos seus continua ainda hoje e a forma como isso acontece também é
bem parecida. Em João 15 – 16, Jesus nos ensina sobre a vinda do Espírito Santo
e o seus objetivos, ele declara abertamente:
“7 – toda via,
digo-vos a verdade: Convém que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não
virá para vós; mas, se eu for, eu o enviarei. 8 – Quando ele vier, convencerá o
mundo do pecado, da justiça e do juízo… 13 – Quando, porém, vier o Espírito da
verdade, ele vos guiará em toda a verdade. Não falará de si mesmo, mas dirá
tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.” (Jo. 16. 7,8 –
13)
O mestre nos mostra que sua obra continua viva até hoje.
Mostrando o caminho verdadeiro, a luz em meio as trevas e nos guiando para um
caminho cada vez mais próximo de Deus. Para isso, primeiro devemos conhecer
essa luz, identificar tudo que há de trevas em nossa forma de viver e nos
deixar levar pelo poder do Espírito Santo. Só assim teremos uma consciência
livre das obras das trevas e poderemos caminhar com a luz de Jesus! Mas atenção,
não seja enganado. Isso não significa que seremos perfeitos. Teremos a
iluminação de Cristo, que nos fará chegar cada vez mais perto dele, porém
nossos desejos carnais continuam a nos puxar para o erro e o mal mesmo que a nossa
nova consciência lute para que nos arrependamos todos os dias.
Cristo te deu esta luz para que você enxergue e ande pelos
seus caminhos, não desperdice esse dom e caso você tenha anteriormente optado por
um caminho de trevas e pareça difícil sair dele, ele mesmo te mostra um novo
caminho. Basta buscar sua orientação e aceitar suas palavras.
Que você aprenda cada dia a ouvir a voz do Espírito Santo,
aquela que tenta te corrigir, te orientar sobre o que você está fazendo. Não se
engane, o mal nunca te desejará o bem, essa voz que fala com você é a voz do
próprio Espírito Santo te mostrando que há sim um caminho diferente, onde ele
mesmo será o seu farol ainda que as trevas sejam extensas demais.
"correção 26/01/2017 - controle interno"
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