NÃO HÁ PESSOA QUE ELE NÃO USE


texto de:  Max Lucado

“Na cruz, acima da sua cabeça, estavam escritas as seguintes palavras: "Este é o Rei dos Judeus".” (Lucas 23.38).

Por favor, note o aviso sobre a cruz rende frutos imediatamente. Você consegue se lembrar das palavras ditas pelo criminoso que estava pregado ao lado de Jesus? Momentos antes da própria morte, se afogando em dor, ele se vira e diz: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lucas 23:42).

Que escolha de palavras interessante. Ele não suplica: “Salve-me”. Ele não implora: “Tenha piedade de minha alma.” Ele fala como um servo a um rei. Por quê? Por que ele faz referência ao reino de Jesus? Talvez porque ele tenha ouvido Jesus sobre o Reino dos Céus. Ou, talvez – e talvez, apenas – ele tenha lido o aviso: “Jesus de Nazaré, rei dos Judeus.”

O ladrão sabe que está verdadeiramente em apuros. Ele vira a cabeça de lado e lê uma proclamação real, e pede pela ajuda do rei. Pode ter sido simples assim. Se isso for verdade, esse sinal terá sido a primeira ferramenta usada para proclamar a mensagem da cruz! E, por causa do sinal, uma alma foi salva. Tudo porque alguém colocou um aviso em uma cruz.

Não sei se os anjos fazem entrevistas de admissão no Céu. Mas, se fazem, esta entrevista aqui seria muito engraçada de presenciar. Imagine o ladrão chegando ao Centro de Recrutamento Portões de Pérola.


ANJO - Sente-se. Agora, conte-me, Senhor... uh... Ladrão, de que modo você acabou sendo salvo?
LADRÃO – Acabei de pedir a Jesus que se lembre de mim em seu Reino. Mas não esperava que acontecesse assim, tão rapidamente.
ANJO – Entendo. E como exatamente você ficou sabendo que ele era um rei?
LADRÃO – Havia um aviso em cima de sua cabeça: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus.”Eu acreditei no sinal – e aqui estou eu!
ANJO – (Fazendo anotações) Acreditou... no... sinal.
LADRÃO – Isso mesmo. E o aviso foi colocado lá por um cara chamado João.
ANJO – Acho que não.
LADRÃO – Hmmm... Talvez tenha sido o outro seguidor, Pedro.
ANJO – Não, não foi Pedro.
LADRÃO – Então que apóstolo fez aquilo?
ANJO – Bom, se você quer mesmo saber, o aviso foi idéia de Pilatos.
LADRÃO – Não brinca! Pilatos é?
ANJO – Não se espante. Deus usou um arbusto para chamar Moisés e um burro para convencer um profeta. Para conquistar a atenção de Jonas, Deus usou um peixe bem grande. Não há nada nem ninguém que ele não use. Bom, isso é tudo. (Carimba o papel.) Leve isto até o próximo guichê. (O ladrão começa a sair.) É só seguir os sinais.

Pilatos não tinha a intenção de espalhar o evangelho. Na verdade, o que o sinal dizia, até onde ele conseguia perceber, era: “Isto é o que acontece com um rei judeu; é isto o que os romanos fazem com ele. O rei desta nação é um escravo; um criminoso crucificado; e se este é o rei, o que será da nação de quem ele é o rei?” Pilatos pretendia que o aviso zombasse dos judeus e os ameaçasse. Mas Deus tinha outro propósito... 

Pilatos foi instrumento que Deus usou para espalhar o evangelho. Mesmo sem saber, ele foi um escritor do Céu. Ele recebeu o ditado de Deus e o escreveu em um aviso. E aquele aviso mudou o destino de um leitor.

Acontece, sabe?

E quanto a você, quais sinais Deus te deu para que viesse aqui nesta noite? Quais sinais ele tem dado para dizer que o ama? Talvez e realmente talvez, você hoje foi atraído aqui para ouvir uma palavra do Rei.
Talvez depois de uma briga dentro da sua família. Talvez o sinal foi a perda de algo que para você era extremamente importante. Talvez tudo tem dado errado e você não consegue mais pensar em uma direção correta.

Para você que precisa de uma direção ele diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6)

Para você que está cansado do peso de viver, ele diz: “Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28)

Se você tem medo de muitas coisas inclusive da morte, a mensagem do Rei é: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim não morrerá eternamente.” (João 11.25-26)

texto de: Max Lucado - Todos os direitos são do Autor.

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